Qualquer jogador nascido na década de 80 (ou nas décadas anteriores) conhece essa rotina muito bem: se um jogo do NES (carinhosamente chamado de Nintendinho) não funcionava, você retirava o cartucho, soprava e, em seguida, colocava-o novamente para fazer o game funcionar.
A artimanha poderia até dar certo de vez em quando de forma temporária, mas, de acordo com os especialistas, esse tipo de medida só piorava a situação. Perdoe-nos por arruinar uma boa memória de sua infância.
De acordo com o site Mental Floss, o costume de assoprar fitas surgiu devido à crença de que os problemas nos cartuchos se davam por causa do acúmulo de poeira nos contatos de sua parte interna. Por isso, ao dar uma soprada, você estaria garantindo a limpeza da fita e evitando problemas na conexão com o console. Não é bem assim.
Dez em cada dez jogadores do NES sopravam suas fitas para funcionar. Mas acontece que a técnica era praticamente inútil. Com o passar do tempo, colecionadores e historiadores descobriram que os bugs nos jogos não eram causados pela poeira, mas sim pela maneira como funcionava a interação do video game com os cartuchos.
O conector do Nintendinho era o verdadeiro vilão dessa história. Ele usava pinos de níquel que se dobravam levemente quando um cartucho era inserido e voltavam ao estado normal assim que eram removidos. O problema era que as molas dos pinos sofriam desgaste depois do uso repetitivo do video game, reduzindo sua aderência aos conectores do cartucho.
Enquanto milhões de jogadores acreditavam que uma bela soprada no cartucho solucionava os problema do game, na verdade a simples retirada da fita do NES já era suficiente para fazer o jogo funcionar novamente. Você só estava dando outra chance para os conectores se encaixarem de novo.
Soprar, além de não resolver nada, poderia estragar suas fitas. Já imaginou o tanto de saliva que escapou diretamente para os componentes do cartucho? Como eles eram feitos de cobre, a umidade que vinha do sopro podia danificar os contatos e até o próprio console.
