SÃO FRANCISCO, 30 Dez (Reuters) - Uma nova lei da Califórnia obrigará varejistas e produtores a divulgar, a partir de 2012, como eles se previnem contra o trabalho escravo e o tráfico de seres humanos ao longo de suas cadeias de fornecimento, elevando o controle sobre algumas das maiores corporações dos Estados Unidos.
As empresas correm o risco de serem processadas pelo Estado se ignorarem esta lei. Mas especialistas dizem que a pressão real vem da opinião pública: consumidores que se importam com condições de trabalho éticas e se interessam em como suas marcas favoritas são produzidas.
Grandes companhias de consumo nos Estados Unidos já ficaram sob fogo, incluindo a Apple. Um grupo de suicidas na fornecedora Foxconn, que produz o iPhone, levantou questões sobre as condições de trabalho no sudeste da China.
A Apple se recusou a comentar a nova legislação.
A lei se aplica a varejistas e fabricantes no Estado com mais de 100 milhões de dólares em vendas globais, e já está levando as companhias a avaliarem as práticas que seguem, e em alguns casos melhorá-las, dizem os advogados.
Trabalho infantil e escravidão, definidos como trabalhos forçados, ocorrem não somente em mercados emergentes como Ásia e América Latina, mas também em economias desenvolvidas como os Estados Unidos.
O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos diz que crianças e trabalhadores forçados produzem cerca de 130 tipos de bens em 71 países, números que provavelmente cresceram durante a crise financeira.
Mais de 12 milhões de pessoas são vítimas de trabalho forçado, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
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