"Mario Party 9"




Só de falar “Mario Party” muita gente já torce o nariz. O gênero mal tem concorrentes: imita um tabuleiro com personagens que andam até seis casas de cada vez, dependendo da sorte de tirar o número no dado. Como nove versões são muitas para comparar, vamos nos concentrar em ver os pontos diferentes entre o "Mario Party" 8 e 9 para Wii.


Os gráficos foram decepcionantes. Não dá para usar o argumento do “Mas o Wii não consegue renderizar bons gráficos” com jogos como "Muramasa", "Resident Evil: The Darkside Chronicles", "Star Wars: The Force Unleashed", entre tantos outros. Os visuais do game parecem lavados e as cores não destacam, mas pelo menos ele já se adequa à resolução 16:9. No "Mario Party 8", tarjas laterais quebravam o galho quando se escolhia mais resolução. Mas ainda assim os personagens ainda são feitos com um 3D pobre, todo serrilhado, cheio de pontas. Até em questão de interface o jogo deixa a desejar: no "Mario Party 8" ainda tinha um cenário com as “tendas” onde aconteciam os jogos. Na sequência, nem isso: você escolhe o tipo de jogo com um menu simples.




Nesse menu principal você pode escolher entre jogar com amigos, jogar apenas os mini-games ou aproveitar o modo novo: jogar sozinho. Dava para fazer isso nas edições anteriores, mas era meio chato. Você era obrigado a jogar com quatro “pessoas” e esperar o computador ganhar todas. Agora não. No modo single-player você quase chega a jogar um RPG e entende melhor a história. Não foge do padrão básico Nintendo: o Bowser, por algum motivo escuso, roubou todas as estrelinhas do universo e você precisa resgatá-las de novo.

Essa é outra diferença importante: você não corre mais atrás de estrelas grandes. Em sua jornada pelos tabuleiros do jogo, o gamer pega apenas estrelas pequenas, o equivalente a “moedas” de versões anteriores. Ganha quem tem mais estrelinhas. Como sempre, no modo mais Nintendo de ser, a última rodada pode trocar tudo de lugar e o que mais vale nesse momento é o ditado “Os últimos serão os primeiros”.


Talvez pelo fator novidade, os mini-games estão bem divertidos. O de sempre: alguns de sorte, outros de mira, alguns de memória e sempre aqueles que você precisa correr e escapar. Mas como ainda não jogamos todos até enjoar, parecem mais legais que os anteriores.

Outras coisas legais: o mapa não fica dando voltas e não tem mais atalhos. Os canos são bônus. Todo mundo anda junto, então vai muito mais rápido. Coisas chatas: o dado é ativado apertando o A no lugar de empurrar o Wiimote pra cima (apesar que você ainda pode chacoalhar o controle pro dado ir mais rápido) e os mapas são bem mais lineares.



No fim das contas, lembre-se que é um jogo bem casual para aqueles dias chuvosos e frios quando tem alguns amigos em casa e nada mais pra fazer. É divertido e rendeu umas boas risadas e momentos de competitividade leve, mas não deve ser levado nada à sério. Mais indicado para crianças do que para qualquer outra faixa etária, como as outras versões. O nove é apenas mais rápido e tem mini-games novos, mas sua essência é a mesma.


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