ITER – Construindo uma estrela




Já imaginou viver num mundo, onde não houvesse poluição, problemas com fontes de energia e, consequentemente, todos os conflitos e catástrofes daí decorrentes?

Um mundo em que o Homem pudesse controlar o poder do Sol e com isso obter energia ilimitada? Poderia muito bem ser uma nova alvorada para humanidade.

Este sonho poderá muito bem se tornar realidade, no sul da França, com a construção do ITER, Reator Internacional Experimental de Fusão Termonuclear, que se espera produzir mais energia do que aquela que irá consumir, num projeto que terá a colaboração da China, União Europeia, Índia, Japão, Coreia do Sul, Rússia e Estados Unidos.
O ITER funcionará, emulando as estrelas, ou seja, seguindo os princípios da fusão nuclear. Este Reator terá um edifício de 60m, no meio de um aglomerado de 39 edifícios. Neste edifício central ficará a fornalha que irá aquecer os átomos de Trítio e Deutério (isótopos do Hidrogénio, mas com alguns nêutrons a mais) a 150 milhões de ºC, dando origem ao Plasma e à formação de Hélio e de nêutrons carregados de energia que irão aquecer as paredes do reator, e nos próximos reatores, servirá para mover uma turbina. Se tudo correr bem, de forma controlada surgirá mais energia do que a consumida durante o processo.
O Plasma super-aquecido, será contido por um campo eletromagnético e para isso, vão ser construídos os maiores imãs do mundo pesando 400 toneladas, que por razões práticas, vão ser construídos no local. Atualment, já estão sendo projetados robôs que terão como função transportar o combustível nuclear.
Nas palavras de Dennis Whyte, Físico Nuclear no MIT, Instituto de Tecnologia de Massachusetts: “Estamos basicamente construindo uma estrela neste planeta”.
Uma ideia megalomaníaca? Alta probabilidade de dar errado? Só o tempo irá dizer, mas a iniciativa e os motivos da construção fazem os fins justificarem os meios, definitivamente.

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