Um múmia masculina descoberta nas montanhas entre a Áustria e a Itália
em 1991 e conhecida por ter sido encontrada em ótimo estado de conservação
(a foto é uma reconstituição dele feita pelos pesquisadores) – acaba de descobrir
que possui parentes vivos nos dias de hoje.
Estudos estavam sendo feitos na múmia para que pudessem ser determinadas
mais informações sobre a vida de Ötzi e as consequências que o teriam levado à
morte. Dentre estes estudos, o que mais esclareceu
fatos foi o mapeamento de seu DNA.
Mais de 20 anos depois de sua descoberta, ao cruzarem o DNA do famigerado
homem do gelo de mais de 5.300 anos de idade com dados atuais,
os pesquisadores descobriram traços claros de nativos do Mediterrâneo
– mais precisamente das ilhas de Sardenha e da
Corsica no código genético da múmia.
Dada a distância entre estes locais citados e o do repouso final de Ötzi,
podemos tirar uma dentre duas conclusões: Ou nosso amigo adorava
do fundo de seu coração caminhar – e caminhas bastante –
ou os povos que hoje habitam o Mediterrâneo já ocuparam uma parcela bem
maior da Europa, muito tempo atrás. Se a segunda opção for tomada,
ou estes muitos habitantes foram morrendo ao longo dos anos ou tornaram-se
parte de uma grande diversificação genética – salvo apenas os moradores
destas duas ilhas isoladas.
O fato destes descendentes atuais possuírem tantas semelhanças genéticas
com um indivíduo que viveu a mais de 5.300 anos atrás também constitui
fato extraordinário à ciência moderna.
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