Foi descoberto pela Kaspersky Lab um novo vírus que está sendo usado como uma arma cibernética em vários países. A propriedades dele demonstra que seu poderio é superior aos de todas as cyber-ameaças de que se tinha conhecimento até agora. Ele foi descoberto por especialistas da Kaspersky Lab em uma investigação solicitada pela União Internacional das Telecomunicações (UIT).
O vírus, detectado como Worm.Win32.Flame, tem como principal função a espionagem virtual. Possui a capacidade para roubar informações valiosas como o conteúdo e todas as informações sobre os computadores alvos, os arquivos armazenados, os dados dos contatos do usuário e conversas de áudio que sejam feitas daquele computador.
Segundo os especialistas, o vírus – nomeado como “Flame” – já está em atividade há mais de dois anos mas, devido à sua extrema complexidade, nenhum anti-vírus até agora conseguiu identificá-lo.
Sobre como se deu a descoberta do vírus Flame, Eugene Kaspersky, CEO e co-fundador da Kaspersky Lab, disse: “O risco de guerra cibernética tem sido, nos últimos anos, um dos assuntos mais graves no domínio da segurança da informação. O Stuxnet e o Duqu (outros vírus semelhantes) pertenciam a uma única cadeia de ataques, o que levantou preocupações relacionadas com a guerra cibernética no mundo inteiro. O vírus Flame parece ser uma nova fase nesta guerra, e é importante entender que as armas cibernéticas podem facilmente ser usadas contra qualquer país. Neste caso, ao contrário da guerra convencional, os países mais desenvolvidos são realmente os mais vulneráveis”.
Alexander Gostev, Analista Chefe da Kaspersky Lab, também deu seu parecer: “Os resultados preliminares da pesquisa, realizada a pedido urgente da ITU, confirmam a natureza altamente direcionada deste programa malicioso. Um dos fatos mais alarmantes é que este cyber-ataque está atualmente na sua fase ativa, e o seu operador está constantemente a vigiar os sistemas infectados, recolhendo informações e definindo novos sistemas para atingir os seus objetivos desconhecidos”.
A ITU irá usar a rede ITU-IMPACT, composta por 142 países e organizações da indústria da segurança, incluindo a Kaspersky Lab, para alertar os governos e a comunidade técnica para esta ameaça e para acelerar a análise técnica ao vírus.
Pelo que pudemos perceber, não temos ainda como nos defender desse vírus Flame, sendo que nenhum software foi capaz de detectá-lo. O recomendável a fazer nesses casos seria limitar os contatos feitos pela internet, diminuindo a possibilidade de ser infectado dessa maneira, pelo menos até que uma solução mais incisiva venha a surgir como fruto das pesquisas em andamento.
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